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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Hera (deusa menor)




As crises de ciúme provocadas pela infidelidade de seu esposo, Zeus, marcaram o comportamento da deusa grega Hera em muitos episódios da mitologia.
Hera, na mitologia grega, era filha de Cronos e Réia, irmã e esposa de Zeus.
Venerada como rainha dos deuses em Esparta, Samos, Argos e Micenas, tinha entre as duas últimas cidades um templo famoso por abrigar uma bela estátua sua, esculpida em ouro e marfim por Policleto.
Embora, na lenda, Hera figure como deusa da vegetação, foi em geral considerada rainha do empíreo - o céu - e protetora da vida e da mulher.
Esta última característica tornava-a também protetora da fecundidade e do matrimônio, pelo que recebeu o nome de Ilítia, atribuído em outras ocasiões a uma filha sua. Foram também seus filhos Hebe, a juventude florida; Ares, deus da guerra; e Hefesto, deus ferreiro.
O ciúme despertado pelas constantes infidelidades de Zeus levou-a a perseguir encarniçadamente as amantes do marido e os filhos oriundos dessas uniões de Zeus.
Hera intervém com muita freqüência nos assuntos humanos: protegeu os aqueus na guerra de Tróia e velou, igualmente, pelos argonautas, para que seu barco passasse sem perigo pelos temíveis rochedos de Cila e Caribde.
Seus atributos são o cetro e o diadema, o véu (associado à mulher casada) e o pavão (símbolo da primavera). 
Na Mitologia Romana, Hera foi identificada com a deusa Juno.
Durante todo o tempo em que Zeus lutava contgra os Titãs, Réia entregou-a aos cuidados de Oceano e Tétis, que a criaram nas extremidades do mundo, o que irá provocar para sempre a gratidão da filha de Crono. Existem outras tradições que lhe atribuem a educação às Horas, ao herói Têmeno, filho de Pelasgo, ou ainda às filhas de Astérion, rei de Creta. Após seu triunfo definitivo, Zeus a desposou, em núpcias soleníssimas. Era, na expressão de Hesíodo, a terceira esposa (a primeira foi Métis e a segunda, Têmis), à qual o deus se uniu em "justas núpcias". Conta-se, todavia, que Zeus e Hera se amavam há muito tempo e que se haviam unido secretamente, quando o deus Crono ainda reinava sobre os Titãs. O local, onde se realizaram essas "justas núpcias" varia muito, consoante as tradições. A mais antiga e a mais "canônica" dessas variantes coloca-as no Jardim das Hespérides, que é, em si mesmo, o símbolo mítico da fecundidade, no seio de uma eterna primavera. Os mitógrafos sempre acentuaram, alías, que os pomos de ouro do Jardim das Hespérides foram o presente de núpcias que Géia ofereceu a Hera e esta os achou tão belos, que os plantou em "seu jardim", nas extremidades do Oceano. Homero, na iliada, desloca o casamento divino do jardim das Hespérides para os píncaros do monte Ida, na Frígia. Outras tradições fazem-no realizar-se na Eubéia,por onde o casal passou, quando veio de Creta. Em diversas regiões da Grécia, além disso, celebravam-se festas para comemorar as bodas sagradas do par divino do Olimpo. Ornamentava-se a estátua da deusa com a indumentária de uma jovem noiva e conduziam-na em procissão pela cidade até um santuário, onde era preparado um leito nupcial. O idealizador de tal cerimônia teria sido o herói beócio Alalcômenes.

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